Suspeito de matar amigo no Anel Rodoviário, em BH, será levado a júri popular nesta sexta (13)

O instrutor de tiro Ruy Gomes da Silva, suspeito de matar a tiros o amigo Cleber Augusto Esteves, no Anel Rodoviário, em Belo Horizonte,
será levado a júri popular
nesta sexta-feira (13). A audiência começa às 8h20 no Fórum Lafayette. O réu responde por homicídio duplamente qualificado – “motivo fútil” e “emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido”.

O
crime aconteceu na madrugada do dia 25 de agosto de 2023.
Ruy estava em uma churrascaria na avenida Raja Gabaglia, na altura do bairro, região Oeste da capital mineira, na companhia da Cleber, da namorada dele e de um outro amigo. Após o fim do jantar, a vítima disse que queria ir embora, mas a mulher disse que queria ficar um pouco mais no local.

O casal começou a discutir e Ruy foi defender a namorada do amigo. Autor e vítima começaram a bater boca no local e rapidamente a desavença evoluiu para uma agressão de ambos os lados. Os seguranças da churrascaria intervieram e expulsaram o grupo do local.

Ruy deixou o restaurante em direção à sua casa, mas o carro da vítima parou ao seu lado no semáforo. O autor avançou o sinal e Cleber passou a persegui-lo, dizendo que iria matá-lo. Ruy conseguiu despistar a vítima na altura do bairro Betânia, mas, ao chegar em casa, decidiu voltar à churrascaria com medo de que Cleber matasse o outro amigo.

Antes de chegar na churrascaria, o denunciado foi alcançado pela vítima, que ainda estava o procurando. Nesse momento, Cleber emparelhou o carro com o de Ruy, que pegou uma pistola calibre 9 mm e disparou contra o amigo. Cleber morreu na hora.

De acordo com o Ministério Público, o crime foi cometido por motivo fútil, “haja vista a abissal desproporcionalidade entre o evento deflagrador – desentendimento de somenos importância – e a gravidade da ação homicida levada a termo pelo denunciado, e perpetrado com o emprego de arma de fogo de uso restrito”.

O suspeito já tem histórico de passagens policiais. Um levantamento feito pela Itatiaia mostra que o
homem já foi citado em quase 30 boletins de ocorrência
por crimes variados, como lesão corporal, ameaça e estelionato.