Depois de seis meses de insegurança, a criança, de 2 anos, sequestrada pelo pai em
Manaus
Aeroporto Internacional de Belo Horizonte
O encontro aconteceu na última quinta-feira (12). A mulher se mudou para Minas Gerais com medo de ameaças enviadas por telefone pelo pai da criança. A mãe do menino conta que, durante o relacionamento com o homem, sofreu constantes ameaças e agressões sexuais, físicas e psicológicas.
Quando o relacionamento acabou, a mulher levou o filho junto com ela para a casa de um novo companheiro, ainda em Manaus. Mesmo após o término, as agressões continuaram. O pai teve um mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça amazonense em dezembro de 2024.
Com o término da custódia policial, em janeiro de 2025, o homem invadiu a casa da ex-companheira junto com mais comparsas e, depois de agredi-la fisicamente, levou a criança de dois anos. Com histórico de cometimento de crimes, incluindo o tráfico de drogas, o rapaz mandava ameaças por telefone constantes para a ex-companheira.
Com medo, a venezuelana fugiu para Minas Gerais, onde procurou atendimento na
Defensoria Pública
A princípio, a criança não foi encontrada nos endereços fornecidos em Manaus. Mas, depois de uma articulação entre as defensorias públicas de Minas Gerais e do Amazonas, o menino foi descoberto em uma casa na região Leste da capital amazonense.
Por meio de um mandado de busca e apreensão, a criança foi resgatada na quarta-feira (11) e encaminhada para um abrigo. O transporte da criança para Minas Gerais foi custeado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania. O menor foi acompanhado na viagem até a capital mineira por um psicólogo da Sejusc.
Depois do reencontro, a Defensoria Pública de Minas Gerais esclarece que a família continuará sendo acompanhada pelo órgão. “A mãe ainda está em situação de hipervulnerabilidade. A criança não tem pai presente e ela precisa trabalhar. Estamos articulando com a rede de proteção para conseguir vaga em creche e acompanhamento psicológico da criança, uma vez que a mãe já faz este acompanhamento”, afirmou a defensora pública Karine de Paula.