A mulher, de 59 anos, que foi
espancada e quase morta pelo próprio filho, de 35 anos, no bairro Retiro, em Contagem
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher dormia em sua casa quando começaram as agressões. Ela, então, acordou com o filho apontando uma lanterna de celular para seu rosto. Transtornado, o homem, que é usuário de drogas, não reconheceu a mãe e chegou a perguntar quem ela era. A mulher levou diversos socos, chutes e gritou por socorro.
Quando a Polícia Militar chegou ao local, o rosto da vítima estava desfigurado, ela vomitava sangue e estava com dentes quebrados. Antes de perder a consciência, a mulher ainda relatou à PM que o filho tentou estuprá-la, o que não aconteceu porque os militares chegaram e ela correu para se trancar no quarto. O suspeito foi preso pela PM dentro da casa. O homem afirmou aos policiais que é usuário de cocaína e não se lembra do ocorrido.
Em entrevista à Itatiaia, a vítima, Sônia Maria, conta que fez uma cirurgia que, “graças a deus”, correu bem e que, agora, está com 14 pinos na boca e dez placas para o resto da vida. Ela relata ainda que, há cerca de um ano e meio, o filho tentou matá-la pela primeira vez, quando estava drogado. “Como o coração de mãe é mole, eu não fiz ocorrência na época, achando que ele ia se curar. Eu e ele nunca tivemos discussões, atritos, coisa nenhuma”, lamenta.
Ela diz que tentou fugir para a casa do namorado quando percebeu que o filho estava sob efeitos de cocaína na semana passada, mas que ele passou perto dela, a agarrou pelos cabelos e a estrangulou. Sônia lembra que, quando o filho tentou forçar relações sexuais com ela, precisou se fingir de morta.
Sobre a ocorrência, Sônia diz que sente uma “sensação horrível” e que nunca deixou faltar nada dentro de casa. “Na hora eu falei com ele: ‘você está matando a sua mãe’. Aí, ele falava assim: ‘Eu nem te conheço’”, conta.
Com o novo ataque do filho, que tem problemas com drogas desde os 15 anos, ela não quer mais ter conexões com ele. “Eu não quero saber mais. Sobre o perdão, quem vai perdoar ele é Deus, porque não tem como mais ter a proximidade dele para nada”, conclui Sônia.