O saldo da última semana caótica no transporte público de Belo Horizonte ainda permanece nebuloso. A sexta-feira (29/4) de quem depende dos ônibus foi mais complicada que o habitual após as concessionárias anunciarem redução nas viagens fora do horário de pico. A prefeitura (PBH) sinalizou a possibilidade de punições às empresas e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu uma investigação sobre o caso, mas os desdobramentos não foram divulgados.
A reportagem do Estado de Minas solicitou dados sobre o número de viagens e a demanda de passageiros à BHTrans. A autarquia, no entanto, ainda não divulgou as informações da última semana.
Ainda assim, os dados da semana anterior, de 18 a 22 de abril, já apontam para um cenário de complicações para os passageiros. Mesmo sem o anúncio de redução de viagens pelas empresas, a circulação de coletivos ficou aquém da demanda entre segunda e quarta, lembrando que a semana foi encurtada pelo feriado de Tiradentes. Nos três dias, a demanda de passageiros foi maior que 77% da média registrada antes da pandemia, enquanto a oferta de viagens nunca ultrapassou a marca de 68% das realizadas pré-COVID-19.
A Prefeitura de Belo Horizonte foi questionada sobre a aplicação de multas às empresas que não cumprirem com o fornecimento do transporte previsto em contrato, mas não respondeu até a última atualização desta matéria.
Na sexta-feira, as empresas recuaram da decisão de reduzir os horários após uma reunião com o Executivo municipal. Ainda assim, a prefeitura ressaltou que fiscalizará a prestação do serviço por meio da BHTrans e penalizará as empresas em caso de descumprimento do contrato.