Adolescentes de 16 anos podem tomar a segunda dose da vacina Pfizer nesta quinta-feira (25/11), nos postos de vacinação contra a COVID-19 espalhados pela capital.
Além disso, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) está convocando mais uma vez os jovens de 20 a 29 anos, para completar a imunização da Pfizer. Há também idosos tomando a dose de reforço, nas repescagens da vacinação.
Durante a manhã desta quinta (25/11), no posto em formato drive-thru montado na UFMG, Fernanda Oliveira Melo disse que é totalmente a favor da vacina. “Agora com as duas doses, me sinto melhor, com a consciência um pouco mais limpa”, conta. “No meu grupo de amigos, todos também estão procurando tomar as duas doses e se proteger da COVID”, acrescenta.
Opinião parecida teve Clara Dayrell Carnacchioni, que também completou a imunização. “Acho que todo mundo tem que se vacinar, essa atitude é necessária para proteger a si e o coletivo. Não é hora de pensar somente no individual”, comenta.
Fernando Alves de Oliveira, de 67 anos, também é a favor da vacinação: “As pessoas que têm um mínimo de amor a si e ao próximo, devem tomar a vacina. Não é hora de recusar a vacina não, morreram milhares de pessoas com este vírus”, ressalta.
“Estou feliz e muito grato em poder tomar mais uma dose contra o COVID. Fico mais alegre ainda em saber que pessoas pesquisaram tais vacinas, e que seriam benéficas, trazendo alívio a população nesta pandemia”, acrescenta senhor Fernando.
Os entrevistados acreditam que a vacinação contra a COVID-19 terá continuidade nos próximos anos: “Por existir pessoas que são contra a vacina e se recusam a tomá0la, acho que a vacinação será mantida por mais tempo”, comenta Fernanda Oliveira.
“Acredito que os pesquisadores vão desenvolver uma vacina mais forte, e a aplicação será de dois em dois anos”, afirma Fernando Alves.
Eventos com grande público, devem ocorrer neste ano e no próximo?
Fernando Alves acha que é muito perigoso realizar eventos neste momento da pandemia. “Ainda não é hora de tais acontecimentos. Futebol, carnaval, um estádio com mais de 60 mil pessoas, acho que este é um momento prematuro para ocorrer aglomerações. O certo seria esperar mais uns seis meses, até que a cobertura vacinal atinja um nível maior no estado.”
Já as adolescentes Clara e Fernanda acham que os eventos de final de ano podem ocorrer, mas em espaços que tenham o controle na porta, exigindo cartão de vacinação com as duas doses e teste com resultado negativo para COVID. “O carnaval não deveria ocorrer, são muitas pessoas juntas e isso pode fazer com que a transmissão aumente, podendo surgir novas variantes do vírus.”
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) reforça que só poderão tomar o reforço, se o intervalo de aplicação da última dose já estiver completado seis meses.
De acordo com a PBH, para tomar as doses é necessário levar o cartão de vacina, CPF, comprovante de endereço em Belo Horizonte e documento oficial com foto.
O horário de funcionamento dos locais de vacinação em dias úteis é das 8h às 17h para pontos fixos e extras e das 8h às 16h30 para pontos de drive-thru.
Há também pontos de vacinação com horário noturno, que funcionam de segunda a sexta-feira. Confira os horários e endereços:
- UFMG Campus Saúde (Escola de Enfermagem): avenida Professor Alfredo Balena, 190 – Santa Efigênia – Funcionamento das 12h às 20h
- Faculdade Pitágoras: rua dos Timbiras, 1.375 – Funcionários – Funcionamento das 8h às 20h
- UNA-BH: rua Aimorés, 1.451 – Lourdes – Funcionamento das 8h às 20h
- Faminas-BH: avenida Cristiano Machado, 12.001 – Vila Clóris – Funcionamento das 8h às 20h
Calendário de vacinação para os próximos dias em BH
Confira quais públicos serão convocados pela PBH
- Sexta-feira (26/11): dose de reforço para trabalhadores da saúde a partir de 18 anos, completos até 30 de novembro, cuja segunda dose tenha cinco meses.
- Sábado (27/11): não haverá vacinação;
- Segunda-feira (29/11): segunda dose de Pfizer para jovens de 16 anos, cuja data no cartão tenha completado oito semanas da primeira dose.
- Terça-feira (30/11): segunda dose de Pfizer para jovens de 15 anos, cuja data no cartão tenha completado oito semanas da primeira dose. Os adolescentes de dessa faixa etária precisam estar acompanhados dos pais ou responsáveis legais.
- Quarta-feira (1/12): segunda dose de Pfizer para jovens de 14 e 13 anos, cuja data no cartão tenha completado oito semanas da primeira dose. Precisam estar acompanhados dos pais ou responsáveis legais.
- Quinta-feira (2/12): segunda dose de Pfizer para jovens de 12 anos, cuja data no cartão tenha completado 8 semanas da primeira dose. É necessário estar acompanhados dos pais ou responsáveis legais.
- Sexta-feira (3/12): dose de reforço para idosos de 63 anos, cuja data da segunda dose tenha completado cinco meses.
Em relação ao calendário de vacinação da dose de reforço para todo o público que ainda não foi convocado, a PBH informou que aguarda o envio de novas vacinas a capital, para a ampliação da dose de reforço á todas as pessoas acima de 18 anos.
A Prefeitura ressaltou que há disponibilidade de pessoal e de todos os insumos necessários para a imediata continuidade do processo. No momento, as doses utilizadas na aplicação do reforço são da vacina da Pfizer.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), para verificar se já tem data prevista da chegada de novas remessas de vacina para a aplicação do reforço, e o órgão estadual respondeu em nota:
A SES-MG informa que distribuiu às regionais de saúde 449.280 doses da Pfizer, referente a 68ª remessa de imunizantes contra COVID. Além dessas, começaram a ser distribuídas às Unidades Regionais de Saúde de Minas Gerais, nessa quarta-feira (24/11), 271.440 doses da Pfizer referentes à 69ª remessa que chegaram no estado de Minas Gerais na noite do dia 23/11.
Assim que as vacinas são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, imediatamente é realizada a distribuição para os municípios para que a campanha de vacinação contra a covid-19 ocorra sem atrasos e interrupções.
É importante ressaltar que a SES-MG depende do envio de doses por parte do Ministério da Saúde para que o repasse seja feito às prefeituras. Compete ao município operacionalizar a estratégia de vacinação, de acordo com o cenário do território municipal e com a disponibilidade de doses dos imunizantes. Dessa forma, o município deverá definir a ordem e o público que será atendido.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
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